O mercado de suplementos multivitamínicos já é antigo, mas tem ganhado mais força com promessas de melhorar a saúde, aumentar a energia e até prolongar a vida.
Contudo, estudos recentes indicam que os multivitamínicos podem não ser tão eficazes quanto se imagina. Inclusive, eles podem até representar riscos à saúde se consumidos sem necessidade.
Neste artigo vamos mostrar quando os suplementos multivitamínicos realmente devem ser tomados.
Ciência e Multivitamínicos
Um estudo norte-americano, publicado na revista JAMA Network Open, analisou o histórico de 400 mil adultos saudáveis e concluiu que o uso diário de multivitamínicos não proporciona longevidade nem melhora a qualidade de vida.
Segundo o estudo, pessoas que consomem suplementos vitamínicos diariamente têm 4% mais chances de morrer precocemente do que aquelas que não fazem uso desses produtos.
Essa estatística pode ter várias explicações, como:
- Pessoas com saúde mais frágil tendem a recorrer aos suplementos como um “remédio rápido” para seus problemas.
- O uso de multivitamínicos sem necessidade pode gerar um desequilíbrio no organismo, prejudicando a absorção de nutrientes essenciais e levando a outros problemas de saúde.
O risco do consumo excessivo de suplementos
O uso desnecessário de suplementos multivitamínicos não só pode ser ineficaz como também perigoso.
O cenário que é ainda pior, mas normalizado, é o de que muitas pessoas recorrem a multivitamínicos sem consultar um profissional de saúde, o que aumenta o risco de ingerir quantidades inadequadas de nutrientes.
Um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) mostra que em 59% dos lares brasileiros há pelo menos uma pessoa que faz uso de algum suplemento alimentar, sendo vitaminas, proteínas e minerais os mais comuns.
Entretanto, apenas 51% dessas pessoas consultaram um médico antes de iniciar o consumo.
Quando o suplemento é necessário?
Há casos em que o uso de suplementos multivitamínicos pode ser útil, como:
- Deficiências nutricionais diagnosticadas por um profissional(como falta de vitamina D ou ferro);
- Em idosos, que podem ter dificuldades em absorver certos nutrientes;
- Gestantes, que precisam de suplementação;
- Pessoas com condições médicas específicas, como doenças inflamatórias intestinais ou alergias alimentares severas.
Nesses casos, é essencial que a suplementação seja feita sob orientação médica.
Priorize a alimentação saudável
A saúde do seu corpo depende mais do que está no prato do que em qualquer frasco de suplemento.
Em vez de buscar soluções rápidas em cápsulas, o ideal é focar em uma alimentação equilibrada e diversificada.
Antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, consulte um médico para garantir que essa é realmente a melhor opção para você.
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